Começamos hoje, Senhor, a mais santa das semanas.
É a minha própria vida que revejo em cada página nos relatos da Paixão.
Sinto na carne este espinho de esperança e medo que afligiu os discípulos.
Digo-te, como Pedro, que estou pronto a seguir-te até ao fim e nego-te, tantas vezes, perante a primeira dificuldade.
Hei-de ainda puxar da espada e entregar-te, na mesma, por trinta dinheiros. Ensina-me, Senhor, outro modo.
Sê Tu o Cireneu desta cruz que não sei viver.
Que na contemplação do mistério pascal eu reencontre luz e sentido para o mistério que sou.
JOSÉ DE MENDONÇA
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