domingo, 25 de abril de 2010

Domingo de Bom Pastor

Parabéns a todos os pastores de rebanho do Senhor. A todos os meu amigos padres.... e a meu irmão - Leszek em modo particular.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

domingo, 18 de abril de 2010

Semana das vocações


Esta vez queria partilhar convosco a história da minha vocação, visto que estamos na semana de oração pelas vocações.
Quando penso na minha história vocacional a primeira coisa que me vem em mente é um encontro e as palavras de um sacerdote, amigo da minha família. Lembro-me que ele disse à minha mãe: Krystyna um dia também deixará a casa (naquele tempo o meu único irmão já estava no seminário). Eu compreendi estas palavras com este significado, que eu deixaria a minha família para me tornar freira. Na altura tinha 17 quase 18 anos. Aquela palavra não me deixava em paz. Comecei a pensar que se calhar o Senhor chama-me para vida religiosa. E partir daquele encontro todas as minhas escolhas foram orientadas para vida consagrada. Problema era qual congregação escolher, já que na Polónia temos muitos institutos. Uma coisa era certa não queria ser nem professora e nem enfermeira. Então tinha pouca escolha, porque naquele tempo na Polónia maior das religiosas fazia este trabalho. E eu gostava de livros. O meu pároco fez-me proposta de trabalhar numa pequena livraria paroquial. Era o meu mundo. Conseguia estudar e trabalhar.
Um dia o meu pároco tornando da Roma trouxe para mim uma prenda, as cassetes das edições paulinas. Ali acabou o meu estudo. Continuamente estava ouvir aquelas canções tão lindas. Tenho que dizer que naquele tempo na Polónia não havia quase nada de edições religiosas. Era tempo de comunismo. Um dia devia ir com a minha turma de escola em peregrinação a Czestochowa, á Nossa Senhora de Jasna Gora. O meu pároco achou bem que eu aproveitasse desta ocasião para contactar os padres paulistas para fazer as compras de material para a livraria. Eu conhecia só os padres paulinos de Santuário, não sabia que tinha uma outra congregação com o nome parecido – os padres paulistas. Mas pronto, consegui chegar ao meu destino e fazer tudo que me foi pedido, e alguma coisa mais…. Pois ali que me deram um pequeno livro que falava das Filhas de São Paulo. Já quando me falaram desta congregação senti um toque no meu coração. Era mesmo isto que procurava. Chegando a casa, a primeira coisa que fiz foi escrever a carta a Superiora Geral dizendo que queria entrar na Congregação.
Devo dizer que naquele tempo não havia nenhuma comunidade das paulinas na Polónia. As primeiras irmãs, italianas, conheci só depois alguns meses.
Entrei com idade de 19 anos, sem conhecer a congregação, mas com a certeza que era isto lugar, onde o Senhor me chamava. Os primeiros tempos foram muito duros, tempo de comunismo, tempo de fundação, e mais as irmãs italianas não falavam polaco, nós postulantes (éramos 4) não falávamos italiano. Era tempo de fé. Deveria acreditar que também um dia na minha terra as paulinas poderão ter uma livraria e poderão livremente exercitar apostolado. Sonhava com outras polacas de meu grupo. Poderia contar muitas aventuras daquele primeiro ano. Era tempo de graça, graça de uma nova fundação.
Passaram quase 24 anos que deixei a minha casa, a minha família. E posso dizer que o Senhor continua a chamar-me. Quando eu penso que já deixei tudo por Ele, é próprio nessa altura toca deixar mais alguma coisa.
Ultima que deixei é a minha terra. Quando há pouco mais de um ano vim para Portugal. E devo dizer que já experimentei muitas vezes que o Senhor tem as melhoras propostas para minha vida. Eu as vezes insisto com o Senhor por uma ou por outra coisa, mas pois não fico contente. E por isso vale a pena confiar nEle, no Seu projecto para minha vida. Hoje sou uma Filha de São Paulo que cada dia descobre a própria vocação. Acho que ainda tenho muitas coisas para descobrir, porque o Senhor é muito criativo. Dou graças ao Senhor por: o dom da vida,pelos meus pais que sempre me apoiaram no meu caminho, para vocação sacerdotal do meu irmão, pela minha vocação e pela vocação missionaria. Sou feliz de viver cá nesta terra tão parecida com a minha. Por isso sinto-me já em casa. É só a língua portuguesa que ainda não me deixa em paz.

sábado, 17 de abril de 2010

A minha esperança


Queria agradecer a todas as pessoas que mostraram a sua compreensão neste momento de sofrimento do meu povo, e meu. Usei este espaço para mostrar o que se passava na minha terra. A minha intenção era de fazer compreender um pouco do nosso modo de viver esta experiência tão dolorosa. Os media não sempre falam disto. Pois para mim era uma coisa muito importante. E só isto que eu queria partilhar convosco. Não a tristeza, mas os verdadeiros sentimentos e a esperança.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

terça-feira, 13 de abril de 2010

Spieszmy sie kochac ludzi....

Wiem, ze od czasu do czasu zagladaja tu moi znajomi z Polski, wiec nalezy sie im slowo po polsku. Okolicznosci smutne, ale taka jest juz nasza historia, przepelniona bolem. W Portugalii nie ma zbyt wielu polakow, a tym bardziej tutaj na poludniu, gdzie mieszkam. W takich chwilach jak te chcialoby sie byc razem. Nie moge jednak narzekac na brak zrozumienia ze strony portugalczykow. W wielu kosciolach modlono sie za nasz narod, za nasz kraj.
A my? Coz, musimy byc silni nadzieja....
Spieszmy sie kochac ludzi, bo tak szybko odchodza....

Pozdrawiam serdecznie

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Gall Anónimo


Quem conhece um pouco a história da Polónia conhece também este nome: Anónimo chamado Gall. Foi primeiro cronista da história do meu pais. Não assinou a sua obra. Por isso é chamado Anónimo. Provavelmente era um monge beneditino.
Nestes dias estava a reflectir que é mais fácil escrever como anónimo. Não precisa de fazer conhecer a nossa cara, nome etc.. Sempre gostava de assinar todo o que escrevo, achava que é bom, é um modo também de ser responsável da palavra que se diz. Mas agora sei que as vezes quando quero dizer algo é mais fácil passar a palavra como anónimo, porque um nome estrangeiro..... é sempre estrangeiro...

Krystyna ou Cristina

terça-feira, 6 de abril de 2010

Mudanças


Mudança que não muda nada. Hoje pensei muito em mudanças que já experimentei. Maior parte deles realmente mudaram qualquer coisa na minha vida. Uma das mais difíceis era de deixar a minha terra para um pais que praticamente não conhecia. Tive medo de não aprender a língua ..... mas também tive muita vontade de aprender, de conhecer a cultura, a gente. Hoje posso dizer que está mudança foi uma bênção para mim.
Mas as mais difíceis são as mudanças de cada dia... Com todas as minhas forças quero acreditar que são mesmo elas que me construam por dentro. E que fazer com as mudanças que esperavamos e que não vieram? Continuar a esperar que eu mudo.... para dentro.

domingo, 4 de abril de 2010

Kto nigdy nie zyl - Quem nunca viveu

Kto nigdy nie zyl - Quem nunca viveu

Quem nunca viveu
Nunca morre
Não perde nada, quem não tinha nada
Aquele que não ama não sabe o que nostalgia
Não sabe o que a amargura quem sonha sem sonhos

O que é bonito, e também é bom
Terra, mar e as estrelas
A lua, o brilho do sol

Mas além disso só o medo e o sofrimento
E onde há o amor, segue também a morte
E onde há o amor, segue também a morte

Páscoa - S. Brás de Alportel

Eu mesmo O verei


E seremos nós, para sempre,
como és Tu o que foste, em nossa terra,
companheiro de todos os caminhos.
Seremos o que somos, para sempre,
porém gloriosamente restaurados,
como são tuas essas cinco chagas,
imprescritivelmente gloriosas.
Como Tu és o que foste, humano, irmão,
exactamente igual na tua morte,
Jesus, o mesmo e totalmente outro,
Assim seremos para sempre, exactos,
o que fomos, somos e seremos,
totalmente outros, porém, tão nós mesmos.

Pedro Casaldáliga

Zmartwychwstal PAN